Jogo 4.845: Tévez brilha em chuva de gols em Campinas

 3 x 5 

O Corinthians venceu a Ponte Preta por 5 x 3 na tarde deste domingo em Campinas e sustentou a liderança do Campeonato Brasileiro de 2005 pela quarta rodada consecutiva. O nome do jogo, mais uma vez, foi Carlos Tévez. O argentino marcou dois gols e deu passe para os outros três. Enquanto isso, a defesa corintiana, mãe do ano, novamente deu emoção ao jogo.

Quem não assistiu à partida e olha somente o placar pode ser induzido a pensar que o Timão massacrou a Ponte, mas o jogo dividiu-se em dois atos nos quais os times alternaram momentos de brilho e mediocridade. O primeiro tempo, por exemplo, foi todo da Macaca. O Corinthians começou muito mal. Apesar disso, abriu o placar na única boa jogada criada pelo ataque em toda a etapa inicial. Gustavo Nery tocou para Jô, que deu um drible seco no defensor e sofreu pênalti. Tévez bateu e coverteu aos 13 minutos.

Antes e depois da penalidade só deu Ponte Preta, que empatou com Kahê aos 30. Ainda no primeiro tempo, os lances de mais destaque – além dos gols, é claro – foram um pênalti não marcado pelo árbitro Wilson Luiz Seneme em cima de Gustavo Nery e um gol incrivelmente desperdiçado pela Ponte com mais de 40 minutos de jogo.

Ao término da primeira etapa, as perspectivas pareciam sombrias para o Corinthians e promissoras para a Macaca. Mas eventuais previsões ruíram em menos de cinco minutos. Aos dois e aos quatro do segundo tempo, Roger recebeu passes perfeitos de Tévez e só teve o trabalho de concluir com perfeição, alcançando seis gols no campeonato. O Timão passou então a exercer forte pressão e a desperdiçar diversas oportunidades de gol. Nessa brincadeira, Danilo descontou para a Ponte aos 21.

Mas Carlitos estava inspiradíssimo e, dois minutos depois, marcou seu segundo gol na partida – o nono no campeonato -, este com a bola rolando. Aos 28, Tévez foi lançado por Sebá, avançou até a área e retribuiu o passe para o zagueiro argentino, que teve apenas o trabalho de tocar para o fundo das redes e tornar-se o 15º jogador do Timão a balançar as redes no Campeonato Brasileiro deste ano.

Quando tudo parecia tranqüilo, faltava a falha do Fábio Costa. Aos 34, numa cobrança de falta, o goleiro corintiano contribuiu com Izaías e permitiu o terceiro gol da Ponte. Apesar disso, o Corinthians manteve-se aceso e sustentou a vantagem até o fim, ampliando sua liderança. Esta foi apenas a segunda vez que o Timão derrotou a Macaca no Moisés Lucarelli em jogos válidos pelo Brasileirão. A primeira vitória ocorreu em 1998, também num jogo de muitos gols: 5 x 4 para o Corinthians.

A partir da quarta-feira, o Corinthians terá uma maratona de duelos com o Goiás. Serão três jogos com o time do Centro-Oeste até o fim do mês. Duas partidas, inclusive a de quarta-feira, serão válidas pela Copa Sul-Americana. No próximo domingo, o Timão enfrentará o vice-líder Goiás pela última rodada do primeiro turno do Brasileirão deste ano.

Quem vencer o jogo do próximo domingo no Pacaembu garantirá o simbólico título de campeão do primeiro turno, mas um empate basta para o Corinthians. Terminar o turno nessa posição é psicologicamente importante, mas adiciona um peso extra ao vencedor.

Desde 2003, quando o Brasileirão começou a ser disputado na fórmula de pontos corridos em turno e returno, o time que terminou o primeiro turno na liderança do campeonato sagrou-se campeão. Isso aconteceu com o Cruzeiro no ano retrasado e com o Santos em 2004. Resta saber se para o Corinthians isso resultará em apenas mais um de diversos focos de pressão por resultados ou se consistirá num fator de incentivo na busca pelo tetracampeonato.

Jogo 4.841: Derrota para o Santos anulada após descoberta de juiz ladrão

 4 x 2

No sábado pela manhã, quando li que Robinho havia fechado um acordo com o Santos e jogaria contra o Corinthians, comecei a alimentar a esperança de que o Timão conseguiria quebrar seu tabu contra o alvinegro da Vila Belmiro tendo em campo seu maior algoz dos últimos anos.

Se fosse pela falta de ritmo de Robinho e pela eficácia de seu ataque, o Corinthians até poderia ter vencido o jogo da tarde de hoje na Vila, mas o frágil sistema defensivo mostrou que o Timão ainda está longe de ser uma equipe equilibrada. Tanto o Corinthians quanto o Santos travaram um duelo aberto e bonito de se assistir. Infelizmente, quem venceu desta vez foi o adversário, por 4 x 2.

Minhas esperanças de quebra de tabu terminaram com menos de 30 segundos de partida, quando Roger perdeu a bola no meio de campo para Frontini, que avançou e tocou para Giovanni. O atacante conduziu a bola sem maior resistência até a área corintiana e tocou para o meio, onde o zagueiro corintiano Marinho aproveitou para marcar seu segundo gol contra em dois jogos consecutivos. Ele lembra mais o Célio Silva ou o João Carlos? Na súmula, o árbitro deu o gol para Giovanni aos 26 segundos de jogo. É tudo uma questão de ponto de vista.

Aparentemente se acostumando com as idiotices de Marinho, o Timão não se abalou e fez um bom primeiro tempo. Além do gol de empate, feito por Roger depois de belo passe de Tévez para Gustavo Nery, o Corinthians desperdiçou boas oportunidades de reverter a desvantagem inicial, algumas delas salvas pelo goleiro Saulo.

O Timão voltou para o segundo tempo um pouco atrapalhado e tomou o segundo gol aos sete minutos numa jogada que misturou uma bela troca de passes dos santistas com a persistente desorganização da defesa corintiana. Aos 14, Giovanni chutou da entrada da área em cima de Fábio Costa, mas nosso digníssimo goleiro aparentemente achou melhor deixar a bola entrar. E olha que ele até vinha jogando bem.

Rosinei descontou dois minutos depois e o Corinthians voltou a criar boas chances de igualar o marcador. Entrou então em campo a mão do árbitro Edílson Pereira de Carvalho em favor do Santos. Ele ignorou dois pênaltis – um de Wendell e outro de Fabinho – em cima de Jô e seu auxiliar deu continuidade à jogada do quarto gol do Santos, na qual Ricardinho e Wendell estavam em situação bastante duvidosa.

O setor ofensivo voltou a ter um bom desempenho na tarde de hoje. Além dos dois gols, diversas oportunidades de marcar foram criadas e perdidas. Mas a inoperância da defesa foi a principal responsável pela derrota por 4 x 2 e pela quebra de uma seqüência de cinco vitórias consecutivas, a segundo no Campeonato Brasileiro deste ano.

O Corinthians ainda possui o melhor ataque da competição, com 36 gols, mas os 33 gols sofridos mostram que mais cedo ou mais tarde a defesa comprometeria as boas atuações do restante do elenco. A média de gols sofridos é de mais de dois por partida, algo inaceitável para um time como o Corinthians. Fábio Costa e Marinho já estão fazendo hora extra no time titular. E depois dizem que o Passarella não estava certo quando afastou o goleiro. Ele poderia ter sido mais delicado, mas isso é uma outra história…

Conduzido por Giovanni, o Santos manteve o tabu de não perder para o Corinthians desde outubro de 2001, em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro daquele ano. De lá para cá foram 11 jogos, sendo nove derrotas e dois empates. Robinho, que estreou em 2002, jogou mal, mas vai embora para o Real Madrid sem nunca ter amargado uma derrota para o Timão. Mas tudo tem sua hora para acontecer.

Mesmo com a derrota, o Corinthians manteve a segunda colocação no campeonato graças ao empate por 1 x 1 entre Ponte Preta e Internacional em Campinas. A Ponte lidera com 33 pontos, seguida pelo Timão, com 31, e pelo Inter, com 29.


P. S.: Texto escrito antes de ter vindo à tona o esquema de manipulação de resultados praticado pelo árbitro Edílson Pereira de Carvalho.

Clique aqui para ver como foi o jogo remarcado.

Jogo 4.347: Corinthians vence Ponte em jogo de 9 gols

ponte 4 x 5 corinthians

O elenco corinthiano campeão brasileiro de 1998 era um esquadrão de fazer inveja a qualquer time no mundo de hoje. Com exceção do goleiro, todas as posições eram bem supridas, mas o meio de campo e o ataque eram espetaculares. Foi nessa condição que o Corinthians enfrentou a Ponte Preta pela 13ª rodada da primeira fase do Brasileirão de 1998.

Aquele Corinthians jogava fácil demais. Era a oportunidade certa para que, pela primeira vez na história, o Corinthians vencesse a Ponte Preta em Campinas em um jogo válido pelo Campeonato Brasileiro. Mas, da mesma forma que jogava fácil, de vez em quando sofria uns apagões incompreensíveis. E foi o que aconteceu neste jogo emocionante.

O Timão virou o primeiro tempo vencendo por 2 x 0, gols de Edílson e de Gilmar Fubá, volantão raçudo que dividia as funções com os lendários Rincón e Vampeta. Ricardinho ampliou no início da segunda etapa, Sandro Gaúcho descontou em seguida, mas logo Vampeta e Edílson ampliaram a vantagem para 5 x 1.

Então o que tinha tudo para se transformar em uma goleada histórica transformou-se em sufoco quando o Corinthians sofreu um apagão. Sandro Gaúcho fez dois gols logo em seguida e recolocou a Ponte no jogo. Vânder marcou o quarto gol do time da casa aos 37 do segundo tempo, mas o Corinthians se recompôs, segurou o 5 x 4 e garantiu sua primeira vitória sobre a Ponte em Campinas em um jogo de Brasileirão.

*Relato do jogo publicado em 26/08/2016.

Jogo 2: Corinthians conquista 1ª vitória de sua história

CORINTHIANS
2 X 0
ESTRELA POLAR

luizfabbi

Os primeiros gols e a primeira das milhares de vitórias do Sport Club Corinthians Paulista vieram logo na segunda partida desde sua fundação. O adversário foi o Estrela Polar, convidado para um amistoso no Campo do Lenheiro, situado na Rua dos Imigrantes, onde o Timão mandaria seus jogos até 1912. Continue reading