Jogo 4.865: Majestoso refeito por causa de juiz ladrão termina empatado

 1 x 1

O Timão saiu no lucro no segundo jogo refeito por causa da interferência do juiz ladrão. Derrotado no jogo original, o Timão conseguiu empate por 1 x 1 contra o São Paulo na noite desta segunda-feira e encontra-se agora sete pontos à frente do vice-líder Goiás, que amanhã enfrentará o Internacional, terceiro colocado. Qualquer resultado ajuda o Corinthians, já que pelo menos um de seus concorrentes diretos na busca pelo título nacional deste ano perderá pontos.

A partida de hoje foi uma das mais acirradas dos últimos anos entre Corinthians e São Paulo. Além das provocações anteriores ao jogo, existia grande preocupação por causa de possíveis atos de violência. No fim das contas, mesmo desfalcados por causa de suspensões e contusões, os dois times jogaram um futebol franco e leal e proporcionaram aos torcedores um belo espetáculo.

Carlos Alberto abriu o placar em favor do Corinthians no fim do primeiro tempo. No início da etapa complementar, em mais um episódio da série “pênaltis que só marcam para o São Paulo”, o desengonçado Fabrício tropeçou e desequilibrou Cristian. O árbitro gaúcho Carlos Eugênio Simon entendeu o lance como pênalti. Amoroso bateu e converteu. Antes e depois de cada gol, as duas equipes desperdiçaram oportunidades diversas e qualquer placar teria sido possível neste jogo que merecia mais gols.

O saldo dos jogos refeitos por causa do juiz ladrão não poderia ter sido melhor para o Corinthians. Dos seis pontos perdidos nos jogos originais, o Timão recuperou quatro. Dos quatro gols marcados nos dois jogos, a média foi mantida e todos foram recuperados. Já a defesa melhorou sensivelmente e os sete gols sofridos nos clássicos contra Santos e São Paulo caíram para três. Somente Rosinei não recuperou os dois gols que marcou nos dois jogos anteriores, mas isso não afeta a boa fase da jovem revelação corinthiana.

Com o empate de hoje, o Corinthians soma agora 12 jogos de invencibilidade no Campeonato Brasileiro. Somados os jogos da Copa Sul-Americana, o Timão está invicto há 16 partidas. O alvinegro não conseguiu, infelizmente, quebrar o tabu de não vencer o São Paulo desde a decisão do Campeonato Paulista de 2003, mas isso é o de menos. Tabus existem para serem quebrados e apimentar os duelos.


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Jogo 4.861: Timão bate o Santos na Vila em jogo refeito por causa de juiz ladrão

 2 x 3

Num jogo tumultuado, o Corinthians bateu o Santos por 3 x 2 na noite desta quinta-feira na Vila Belmiro e distanciou-se do vice-líder Goiás na tabela de classificação, abrindo seis pontos de vantagem. A vitória de virada foi obtida no jogo refeito por causa das falcatruas do juiz ladrão Edílson Pereira de Carvalho.

O clássico de hoje foi apitado por Cléber Wellington Abade. Mas a arbitragem ruim comprometeu o espetáculo. Desta vez, apesar de lesado, o Corinthians pelo menos conseguiu sair de campo com a vitória, a quinta seguida numa seqüência invicta de dez partidas válidas pelo Campeonato Brasileiro.

O Santos começou dominando e saiu na frente aos 11 minutos de jogo, quando Cláudio Pitbull aproveitou belo passe de Geovanni e concluiu com classe. Ainda no primeiro tempo, apesar de desorganizado em campo, o Corinthians empatou com Betão.

O Timão voltou melhor para o segundo tempo, mas foi prejudicado quando Abade não marcou pênalti escandaloso do goleiro Saulo em Nilmar. Dois minutos depois, o árbitro expulsou o santista Luizão por causa de uma cotovelada infantil em Wendell. Entretanto, o Corinthians não soube tirar proveito da vantagem numérica e sofreu o segundo gol aos 23 minutos, quando Luciano Henrique aproveitou falha da defesa.

A reação corinthiana veio três minutos depois. Antonio Lopes trocou o zagueiro Marinho pelo atacante Bobô. Em seguida, Rosinei cabeceou no travessão. No rebote Nilmar empatou. O Corinthians dominava a partida e criava boas chances de virar o placar, mas o gol da vitória veio num pênalti de Zé Elias em Nilmar. Zé Elias, aliás, só terminou o jogo em campo por causa da conivência de Abade. Violento como de costume, ele merecia ter sido expulso antes mesmo de Luizão.

Em meio aos protestos santistas, Carlos Alberto converteu o pênalti aos 41 minutos da etapa final. Na saída de bola, Geovanni quis dar uma de nervosinho indignado (como se o Santos estivesse sendo roubado) e chutou a bola na direção da arquibanca, insuflando a torcida santista e dando início ao tumulto.

Dois minutos depois de virar o jogo, Carlos Alberto recebeu bola em condições de marcar o quarto gol corinthiano. Erroneamente, o bandeirinha assinalou impedimento do atacante corintiano. Com o lance já parado, Carlos Alberto foi chutado pelo goleiro Saulo. O atacante corinthiano bateu boca com o arqueiro adversário e terminou expulso. O goleiro agressor ficou impune. Pouco antes do término do tempo regulamentar a torcida santista começou a invadir o gramado e o clássico foi encerrado por falta de segurança, apesar de Abade ter hesitado em encerrar o jogo.

A confusão deixa claro o quão ridículo é a diretoria do Santos marcar clássicos na Vila Belmiro. Tal atitude é insensata e coloca em risco a integridade física de torcedores e atletas. Desconhecedores declarados do retrospecto do clássico, os torcedores santistas se esqueceram que são eles os fregueses históricos do Corinthians quando iniciaram a confusão e não aceitaram a derrota. A Vila Belmiro não deve ser somente interditada. Clássicos devem ser sumariamente banidos do estádio, cuja capacidade é igual à da Fazendinha, onde o Timão raramente manda jogos por vergonha na cara.

A vitória corinthiana coloca ponto final na era Robinho e no tabu que pairou durante o período. O Corinthians não vencia o Santos desde 2001, ou 11 jogos, dez deles com Robinho em campo. Com isso, o Timão voltou a ampliar sua extensa vantagem sobre o rival.

O dia 13 de outubro é um marco na história de queba de tabus pelo Corinthians. Em 1977, nessa mesma data, o alvinegro do Parque São Jorge encerrou um jejum de mais de 22 anos sem títulos no Campeonato Paulista.

O Timão terá problemas no domingo, quando não poderá contar com Roger, Carlos Alberto e Rosinei para o jogo contra o Palmeiras, mas a vitória de hoje concede ao time uma certa “margem de segurança” para o próximo clássico, apesar de não ser este o momento adequado para fraquejar no Brasileirão.


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