Na ponta do lápis #35: O fim do tabu do São Paulo em Itaquera

O fim do tabu são-paulino diante do Corinthians em Itaquera representa o ponto máximo dos desmandos aprofundados no Parque São Jorge a partir da gestão entre aspas de Duílio Monteiro Alves.

Os últimos anos do time masculino profissional do Corinthians foram marcados por uma sucessão de momentos humilhantes para a Fiel. Infelizmente, nada que criasse vergonha na cara de dirigentes e parte considerável do elenco.

Praticamente todos os tabus mais longos estabelecidos pelo Corinthians a partir de 2008 caíram entre 2021 e 2023.

Com a quebra do tabu em Itaquera pelo São Paulo, resta apenas a longa invencibilidade diante do Vasco da Gama, embora se trate, convenhamos de outro grande clube brasileiro ainda muito abaixo de seus melhores momentos — e do Barcelona, guardado o devido escárnio.

O Corinthians vinha ensaiando essa derrota em casa para o São Paulo havia anos.

Tanto é assim que, dos seis Majestosos que antecederam a quebra do tabu, cinco terminaram empatados.

Na maioria dessas partidas, a atuação alvinegra foi muito inferior do que se esperava do time.

Mas o fim do tabu em Itaquera é apenas a ponta do iceberg.

Do ponto de vista histórico, estamos diante de uma espécie de 11 de Setembro corinthiano. Ou 8 de Janeiro. Fica ao gosto do leitor.

Na condição de visitante, o São Paulo não vencia o Corinthians havia quase uma década. Mas não é só.

Desde a fundação do São Paulo FC como o conhecemos hoje, em 1935, o clube tricolor nunca havia vencido uma mísera partida em estádios de propriedade corinthiana.

Com um pouco de flexibilidade, considerando os clubes que deram origem ao São Paulo, esta foi a primeira vitória do gênero sobre o Corinthians em quase 90 anos.

O episódio ainda é uma consequência dos anos de Duílio.

Ao mesmo tempo, Augusto Melo mostra não estar à altura do desafio.

O SCCP encontra-se no fundo do poço. E talvez o fundo do poço tenha um alçapão.


 

One thought on “Na ponta do lápis #35: O fim do tabu do São Paulo em Itaquera

  1. Duilio foi, de longe, o pior presidente da História do Corinthians. Era preciso tirá-lo de lá. A única possibilidade era Augusto Melo. Fez-se a aposta. Era arriscada, mas era a única a ser feita para não continuar a tragédia que foram os quatro anos da gestão anterior. Melo chegou com promessas e sonhos. Até agora, o que temos foram 12 jogadores que deixaram o elenco e apenas 3 que chegaram. Nenhum que fizesse a Fiel esfregar as mãos e pensar que os bons tempos voltarão este ano. Melo tem apenas um mês de gestão. Vão dizer que é pouco, que ele ainda está pegando o jeito da coisa. OK, vamos dar esse desconto. Mas se ele continuar pegando o jeito do jeito que ele tá pegando, de maneira amadora, destrambelhada e burra pra caralho, o SCCP conseguirá a proeza de ter dois piores presidentes da História em sequência. E não há clube que resista a tanta cagada. Ou o Melo para de melar o Timão, ou ele pede o chapéu e vai pra onde deve ter ido o Duílio.

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