A conquista da Libertadores pelo Corinthians completa hoje dez anos.
Uma década de uma conquista histórica, mas cuja história começou 12 anos antes.
Em janeiro de 2000, o Timão cometera uma “heresia” aos olhos dos antis: campeão mundial sem ter Libertadores em sua então amontoada sala de troféus.
Meses depois, mesmo com um time tecnicamente superior, a derrota nos pênaltis para o Palmeiras na semifinal do sul-americano de várzea daquele ano deu vazão à insensatez do “nunca será”.
A diretoria comprou o discurso de que a conquista da Libertadores era uma obrigação.
Entre frustrações e desmandos, timaços montados e desmanchados ao sabor das negociatas, o rebaixamento em 2007 soou como a crônica de uma tragédia anunciada.
Mas o que os rivais queriam enxergar como o início do fim foi apenas o fundo do poço.
Na queda, o Timão tomou impulso e passou a conquistar tudo o que via pela frente nos anos seguintes.
Questão de tempo, a Libertadores de 2012 veio de forma épica.
Uma conquista invicta até aqui não superada.
Para relembrar os detalhes da epopeia corinthiana em 2012, acesse nossa página especial sobre a conquista.
Dez anos depois, quiseram os deuses do futebol que Corinthians e Boca Juniors disputassem uma vaga nas quartas-de-final quase nas mesmas datas das finais de 2012. Mas esta é uma história que vai ficar para amanhã.
As recordações daquela noite antológica ainda pulsam no meu coração.
Revendo fotos e vídeos, não há como não chorar de alegria por ter vivido algo tão especial.
Até hoje me chama a atenção o tobogã absolutamente tomado (sim, não havia um espaço vazio, nem mesmo nas escadas), pulando e cantando sem parar um segundo.
Eu estava nas cadeiras vermelhas, mas muito perto da massa. E era dali que eu abastecia minhas energias e mantinha a concentração. Sim, era preciso ficar concentrado até o fim, pois não era apenas um título em jogo.
Era A conquista, invicta, absoluta, eterna.
E assim foi, e será para sempre. Muitas gerações alvinegras, certamente, irão contar histórias e recordar o 4 de julho de 2012.
Torço para que os jogadores atuais absorvam toda essa energia positiva e levem para a Argentina no jogo de amanhã. Não sei qual será o resultado, mas é certo que a Fiel Torcida seguirá presente nos estádios, cada vez maior, mais forte, cantando e empurrando seu time.
O tobogã do Pacaembu não existe mais. Mas a faixa que sempre estava pendurada lá nos jogos do Corinthians hoje ocupa a Neo Química Arena: Time do Povo.
É o Coringão.
4 de julho de 2012, noite de lula cheia, lua de São Jorge. No Pacaembu lotado, a Fiel com toda a sua raça. Em todas as casas e bares no Brasil inteiro, a TV ligada nesse jogo. A Vida do Corinthians, com o Amor eterno da Fiel, sempre, fazendo História. Mais uma noite de libertação, como também a de 13 de outubro de 1977 e outras, em que o Time do Povo nos fez extravasar em alegria aquilo que guardamos eternamente em nossos corações. Vai Corinthians!!!