Capitão do Corinthians no 1º Mundial de Clubes, Rincón morre aos 55 anos

Freddy Eusébio Gustavo Rincón Valencia morreu fim da noite de ontem (hora local), aos 55 anos, depois de não resistir aos ferimentos sofridos em um acidente automobilístico ocorrido na madrugada de domingo para segunda na cidade colombiana de Cáli.

Capitão do Corinthians na conquista do primeiro Mundial de Clubes da Fifa, Rincón estava em um veículo atingido por um ônibus em uma avenida de Cáli depois de aparentemente furar um farol vermelho.

Nos campos de futebol, Rincón teve passagem marcante por quase todos os lugares onde passou, mas fez história mesmo no SCCP.

Revelado pelo pequeno Atlético Buenaventura, de sua cidade natal, o meia-atacante com faro de gol destacou-se rapidamente e jogou em um alguns dos principais clubes de seu país.

Pelo Independiente Santa Fé, conquistou a Copa Colômbia de 1989.

Transferido ao América de Cáli, venceu o campeonato colombiano em 1990 e 1992.

Pela seleção da Colômbia, ao lado dos icônicos Higuita e Valderrama, fez parte do time histórico que goleou a Argentina por 5 x 0 em plano Monumental de Nuñez e chegou às Copas do Mundo de 1990 e 1994 sob grandiosas e jamais cumpridas expectativas.

Em 1994, sagrou-se campeão paulista durante breve passagem pelo Palmeiras e chamou a atenção dos europeus.

Na Europa, passou primeiro pelo Napoli antes de chegar ao Real Madrid.

Rincón viveu auge da carreira no Corinthians

Retornou ao Palmeiras em 1996 para, no ano seguinte, transferir-se para o Corinthians, onde viveu o auge de sua carreira.

Com o manto alvinegro, Rincón foi bicampeão brasileiro em 1998 e 1999, campeão paulista em 1999 e ergueu a taça do Mundial de Clubes da Fifa no ano 2000.

Com o passar dos anos, a experiência e a boa visão de jogo permitiram a Rincón jogar um pouco mais recuado, apoiando com qualidade quando exigido.

Quem teve a sacada de recuá-lo foi o técnico Vanderlei Luxemburgo. Ao lado de Vampeta, formou uma das melhores duplas de volantes da história corinthiana.

Embora querido pela Fiel, sua saída do clube foi bastante conturbada. Transferiu-se para o Santos sob a pecha de mercenário.

Ainda no futebol brasileiro, passaria pelo Cruzeiro antes de retornar ao Timão em 2004, encerrando a carreira de modo para lá de discreto.

Com o manto alvinegro, além dos quatro títulos conquistados, Freddy Rincón disputou 158 jogos e marcou 11 gols, segundo números do Almanaque do Timão.

Para a história, fica eternizada a felicidade estampada no rosto de Rincón erguendo o troféu do 1º Mundial de Clubes da Fifa, conquistado em cima do Vasco em pleno Maracanã.

3 thoughts on “Capitão do Corinthians no 1º Mundial de Clubes, Rincón morre aos 55 anos

  1. Foi um jogador que se encontrou no Timão. Grandes jogos, títulos importantes. Sobre a trajetória, o texto do Ricardinho resume com maestria.
    Fica a saudade e a eterna lembrança da taça erguida no primeiro mundial do Corinthians.
    Uma foto histórica, como pontuou o autor deste blog.
    Como a morte é inevitável, que prevaleça neste momento não o sentimento de tristeza, mas de gratidão. Valeu, Rincon.

  2. Rincón sabia tudo de bola e foi um grande líder em campo. Jogava com raça e exigia o mesmo dos outros jogadores do time. Impunha sua autoridade na categoria de futebolista e no porte físico. Ninguém era louco de brigar com ele. Mas perdeu a vida na porrada de um ônibus. Rincón foi ídolo da Fiel e sempre será. Uma vez, depois que ele já tinha pendurado as chuteiras, o encontrei no elevador do prédio onde eu trabalhava. Um colega de trabalho corinthiano brincou com ele, falando: “Volta pro Timão, Rincón. Tamos precisando de você lá”. Rincón, que era realmente um armário de grande, deu uma risada daquela que lembrou a foto do Mundial, os dentes brancos se destacando na pele negra, e respondeu com seu sotaque colombiano: “Olha que do jeito que eu tô, eu ainda jogo mais do que todo mundo que tá lá”. Grande Rincón! Na nossa lembrança, você nunca saiu do Corinthians. Obrigado, capitão!

  3. Um dos maiores da história!

    Top elementos! Vi in loco muitas vezes…

    Saudades! Obrigado por tudo capitão!

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