8 x 0

O Corinthians almoçou o Palmeiras com garfo e faca neste domingo em Itaquera e avançou à final do Campeonato Paulista de Futebol Feminino de 2023.

Mosqueteiras e palestrinas foram a campo com um sol para cada uma na Neo Química Arena.

E o que o Corinthians Feminino fez hoje em campo deveria ser visto diariamente pelos vagabundos do CT masculino até aprenderem o que é um Dérbi.

Mesmo com a vantagem conquistada no jogo de ida, como visitantes, as brabas partiram para cima desde o primeiro lance.

O resultado foi uma goleada histórica: 8 x 0. Oito gols, oito artilheiras, uma aula de futebol. E isso porque a goleira Amanda foi a melhor jogadora do Palmeiras em campo.

Não para, não para, não para…

Duda Sampaio abriu a contagem do Dérbi Feminino aos 2 minutos e meio de bola rolando.

O Corinthians Feminino manteve a pressão e Luana Bertolucci marcou o segundo gol alvinegro em um chute colocado de esquerda, da entrada da área, aos 16.

Depois de um festival de oportunidades desperdiçadas, Duda Sampaio deu um passe magistral para Gabi Portilho ampliar aos 43.

O duelo foi para o intervalo com 4 x 0 no agregado para o Timão. E as mosqueteiras sabem o que é um Corinthians x Palmeiras, recorrendo à frase imortalizada por Lima Duarte no filme “Boleiros”.

As brabas voltaram do intervalo como se precisassem do resultado.

Aos 4, Tamires cruzou na medida para Victória Albuquerque marcar de cabeça.

A maior artilheira do Corinthians Feminino na história tem agora 87 gols.

Dois minutos depois, Gabi Portilho aproveitou o cochilo palmeirense na saída de bola e passou para Millene marcar o quinto.

Mas não perca as contas. O Corinthians manteve o pé no acelerador.

A zagueira Mariza marcou o sexto aos 18.

Aos 23, Jheniffer saiu do banco marcar o sétimo em seu primeiro toque na bola.

Aos 35, Miriã fez o oitavo no contra-ataque e fechou a contagem.

Oito a zero no placar de Itaquera — e temos como provar —, 9 x 0 no agregado.

E esta nem foi a maior goleada do Dérbi Feminino. A maior ainda é um 12 x 1 aplicado pelo Timão na Fazendinha em 1998.

Já em Itaquera, esta foi a maior goleada da história da Arena, seja em jogos de masculino ou feminino.

A imagem que imortaliza o momento foi feita pela corinthianíssima Denise Abarca.

Penas de aluguel

Foi uma aula de futebol. Mais uma vez o Corinthians demonstrou que os comentadores que insistentemente colocam o Palmeiras como favorito nesses últimos anos do futebol feminino só podem ser piadistas.

Outra opção seria estarem no bolso da Crefisa, mas prefiro crer que a maioria só vai na onda da própria falta de discernimento.

Enquanto isso, talvez o humilde e modesto Ricardo Belli agora entenda por que Arthur Elias confia tanto em suas agora ex-atletas para a Seleção Feminina.

Com o resultado, o Corinthians Feminino manteve o impressionante retrospecto de ter vencido todos os jogos que disputou até hoje em Itaquera.

As adversárias das alvinegras na final serão conhecidas amanhã, quando Santos e São Paulo decidirão a outra vaga na decisão.

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| Artilheiras do jogo: Duda Sampaio, Luana Bertolucci, Gabi Portilho, Victória Albuquerque, Milene, Mariza, Jheniffer e Miriã |
| Contra o Palmeiras |
| O Corinthians Feminino em 2023 |
| O Corinthians Feminino em Itaquera |
| Sob o comando de Rodrigo Iglesias |

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