1 x 1 

Felipe cometeu erro hediondo, pelo qual merece ser perpetuamente banido da meta alvinegra, mas Ronaldo Fofômeno provou que, mesmo meia-boca, é melhor do que qualquer outro atacante em atividade no país e limpou a barra do aprendiz de Fábio Costa.

Vou abordar primeiro a atuação do melhor atacante do Palmeiras na tarde hoje em Presidente Prudente: o pretenso goleiro corintiano Felipe. Ele já deu o que tinha que dar e, conforme passa o tempo, dá novas provas de que não tem gabarito para ser goleiro do Corinthians na Série A.

Já tivemos goleiros piores? Sim, e muitos. Mas para um time que pretende estar na Libertadores no ano de seu centenário, é bom começar a deixar o jovem Júlio César pegar ritmo de jogo e mostrar que não merece ser banco de Felipe.

Agora falarei daquele que, mesmo fora de forma e tendo entrado em campo perto dos 20 minutos do segundo tempo, foi de longe o melhor jogador da tarde de hoje. Ronaldo sofreu um pouco com a marcação palmeirense e com a omissão do árbitro são-paulino Cléber Wellington Abade, aquele mesmo que, com a “ajuda” da Ana Paula anulou um golaço do Tévez contra o Palmeiras e no ano passado conseguiu a suspensão do técnico Mano Menezes por uma “acintosa invasão de gramado” na Copa do Brasil.

E apesar dos pesares, Ronaldo mostrou que categoria não se perde mesmo depois de mais de um ano longe dos gramados. Primeiro ele mandou um chute no travessão que merecia ter entrado. Depois fez jogada de linha de fundo que terminou com André Santos exigindo excelente defesa do goleiro do Palmeiras.

Por último, aos 47 minutos do segundo tempo, quando eu já me preparava para limitar meu comentário sobre o jogo a críticas à atuação de Felipe, Ronaldo posicionou-se por trás da defesa adversária e, de cabeça, empatou a partida, marcando o primeiro gol corinthiano no Palmeiras desde 2006, preservando a invencibilidade alvinegra em 2009 e mais uma vez deixando seu nome registrado na história de um superclássico futebolístico – como já havia feito antes em Real Madrid x Barcelona, Internazionale x Milan, Cruzeiro x Atlético-MG, Brasil x Argentina e Brasil x Alemanha.

Como diz o ditado, em terra de cego, quem tem um olho é rei. Ronaldo retornou ao futebol nas condições que retornou e sua volta coincidiu com um Corinthians x Palmeiras que transcorria sem o menor brilho até ele entrar em campo. Não. Estou sendo bondoso. Corinthians e Palmeiras faziam um jogo abaixo da crítica. Ronaldo entrou em campo e o jogo foi outro. No meio daquele bando de nós-cegos, Ronaldo, com sua categoria, iluminou a tarde. Daqui pra frente, R9 + 10!

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