Hoje faz dez anos que perdemos o Doutor Sócrates.
A conquista do pentacampeonato brasileiro em cima do Palmeiras mais tarde, naquele mesmo domingo, ainda me causa um sentimento confuso.
Sei que nunca dediquei a atenção necessária a ele. Nem sei se um dia irei.
São dez anos que os neurônios não se articulam direito pra tratar da partida do Magrão.
Já tentei escrever antes sobre isso. Mas nunca sai nada à altura do momento.
Uma década que a tristeza pela notícia dói na mesma intensidade.
Também vêm à mente as boas lembranças, claro. Da amizade, da parceria, da generosidade.
Apenas recordo. E agradeço. De coração.
P.S.: Nesse flerte com o absurdo que são os dias de hoje, volta e meia leio ou ouço quem tente adivinhar o que o Magrão diria sobre os tempos atuais. Exercício obviamente inútil. Certamente estaria por aí lançando pérolas de lucidez a uma horda de insensatos. E do lado certo da história.
Fiz este post há 10 anos!!! Um nó na garganta e muita lembrança boa. E agora compartilho aqui no blog do grande Ricardinho.
Grande Dr. Socrátes!!! Tive a felicidade quando criança de assistir um jogo no Pacaembú lotado entre Coritnthians x Botafogo, com mais de 50 mil pagantes, nesta época o estádio era maior, vide Morumbi e tantos outros, e o Doutor estava lá e exibindo o seu toque de calcanhar, incomparável. Esta saudade marca ainda mais, pois quem me levou neste jogo, já partiu também, um grande amigo e outro grande corinthiano… Que saudade!!! Vai com Deus grande craque, um dos poucos jogadores “verdadeiros” e que participou ativamente da Democracia no Brasil.
Guardo com carinho e alegria um exemplar do livro Democracia Corinthiana, de autoria do amigo, jornalista e escritor corinthiano Ricardo Gozzi e do jogador e lider das boas lutas Sócrates, com autografo dos dois. Assim como guardo uma camisa do Timão autografada pelo Magrão. Guardo na memoria afetiva a alegria do meu pai, que comprou sei lá quantos exemplarea do livro quando o levei para a sesaão de autógrafos e ele pode conversar com o Socrates. Meu velho pai parecia uma criança abrindo presente em dia de Natal. Obrigado, Magrão, por tudo o que você fez pelo futebol, pelo Corinthians, pelo Brasil, pelos nossos corações e mentes, pelas lutas que merecem ser travadas. Obrigado, Ricardo Gozzi, por ter proporcionado aquele momento de profunda alegria ao meu pai e a mim. Vai Corinthians!!
As palavras insistem em faltar nessa hora.