Não é de hoje que o Marinho, meu grande amigo e leitor assíduo deste Retrospecto Corinthiano, refere-se ao VP de Vítor Pereira como “Vigarista Português”.

A intuição de Marinho mostrou-se afiada nas pouquíssimas horas entre as especulações e a confirmação, na manhã deste sábado, de Vítor Pereira como novo técnico do Flamengo.

Vítor Pereira deixou o Corinthians há menos de duas semanas alegando “graves problemas” familiares. A sogra padece de uma doença degenerativa em estágio avançado.

“Corinthians uma vez, corinthiano para sempre”, escreveu em sua despedida. Hoje talvez seja possível dizer que a alusão ao hino do Flamengo era uma mensagem cifrada.

Em menos de 15 dias, os “graves problemas” aparentemente foram superados e Vítor Pereira vai assumir o Flamengo depois da demissão de Dorival Júnior, segundo reportagem de André Hernan.

Esse tipo de vigarice não se constrói da noite para o dia. As negociações transcorriam havia dias – e provavelmente foram iniciadas antes da saída do Vigarista Português do Parque São Jorge.

Minha filha, que adorava o Vítor Pereira, lamentou a saída do técnico quando ele a anunciou.

Na ocasião, eu disse apenas: “Não há o que lamentar. Técnicos e jogadores vão e vêm, o Corinthians fica”.

Hoje cedo, ela me mandou uma mensagem: “VOCÊ VIU, PAI? QUE ABSURDO!”

Respondi quase a mesma coisa: “Lembra o que eu disse no dia que ele saiu? Técnicos e jogadores vão e vêm, o Corinthians fica!”

Sobre a insensatez da diretoria flamenguista de demitir Dorival, único técnico a fazer aquele time jogar desde Jorge Jesus, não é problema meu nem de nenhum corinthiano.

Claro que é impossível prever o futuro, mas deixo meus mais sinceros desejos de que a relação entre Vítor Pereira e o Flamengo inspire muitos fados.