Oswaldo de Oliveira não é mais técnico do Corinthians. A terceira passagem de Oswaldinho como treinador efetivo do Timão durou apenas nove jogos e terminou com duas irrisórias vitórias, quatro empates e três derrotas. Ainda que se possa dizer que uma das vitórias, sobre o Inter, tenha se originado de um pênalti inexistente, é necessário ponderar que em três dos quatro empates citados (Atlético-MG, Flamengo e Figueirense), o Corinthians foi clamorosamente prejudicado pela arbitragem.
De qualquer modo, ainda que os números oficiais de Oswaldinho em sua última passagem pelo Timão sejam dignos de riso, minha opinião é a mesma da demissão de Cristóvão Borges: é injusto jogar sobre o técnico a responsabilidade pelo desempenho pífio de um clube quando a diretoria não proporciona nenhuma condição de desenvolvimento de trabalho.
Ao longo de 2016, a diretoria desmanchou o elenco e descaracterizou o Corinthians. A saída de Tite para a selecinha foi só a pá de cal sobre o padrão elevado de jogo desenvolvido nos últimos anos. Foram mais de 20 atletas dispensados. Dois times inteiros! Entre eles, quase todos os melhores jogadores da vitoriosa campanha do Campeonato Brasileiro de 2015.
Ao demitir técnicos, seja Cristóvão ou Oswaldinho, tenham eles sua parcela de responsabilidade, a diretoria apenas joga para a torcida. É claro que nenhum corinthiano está contente com o que vê em campo. Mas desde o momento da saída de Tite, se estivéssemos diante de diretores competentes, comprometidos e sérios, o clube teria procurado um treinador capaz de desenvolver um trabalho de médio a longo prazo – e dado a ele condições para tanto.
Em vez disso, o presidente Roberto de Andrade optou por remendar a situação. E, na ausência de resultados, joga para o lombo dos treinadores, a responsabilidade que deveria assumir por ter transformado o melhor time do Brasil em 2015 em um disforme apanhado de jogadores.
Um novo técnico virá e, se a direção do Corinthians não mudar de comportamento, será demitido daqui a alguns meses, e depois acabará substituído por outro, e mais outro até uma derrocada nada alentadora rumo a sabe-se lá onde.
O Oswaldinho nunca foi a opção da maioria da torcida. Já chegou desacreditado. E, nesse aspecto, não decepcionou… Esperávamos que ele fosse um fracasso e ele foi. Aliás, fracasso é o nome do Corinthians 2016. Parabéns à diretoria corinthiana que fez de tudo pra que o fracasso se confirmasse. Fora Roberto de Andrade! Fora Temer! Eleições diretas já no Brasil e no Corinthians! Chega de enganadores!