0 x 1
O Corinthians foi clamorosamente roubado na tarde deste domingo na Arena do Grêmio — e ainda assim voltou com a vitória na bagagem.
O confronto se deu sob forte chuva em Porto Alegre. Cheio de poças, o estado do gramado da Arena do Grêmio era sofrível.
Aos 6 minutos, Renato Augusto deixou Matheus Bidu na cara do gol e o lateral foi derrubado na área. Pênalti absurdo, mas a apitagem ignorou.
Na sequência, Bruno Méndez levantou um jogador gremista para parar o jogo e forçar a revisão do lance.
O VAR teve a cara de pau de ignorar o pênalti e mandar expulsar o lateral corinthiano.
A expulsão foi justa, convenhamos, mas poderia ter sido evitada se tivesse sido marcado na hora um pênalti tão clamoroso que até a anticorinthiana central do apito da Globo daria.
Isso aconteceu com menos de dez minutos e sepultou qualquer possível estratégia de Mano Menezes que não fosse a retranca.
Canalhice sem tamanho. O Grêmio não precisava dessa mão grande da apitagem para vencer o Corinthians. Ou precisava?
O que poucos ainda se dão conta é que o Corinthians se sai melhor — ou menos pior — quando não precisa jogar. O tricolor gaúcho ficava com a bola, mas não conseguia se impor.
Foi então que, numa saída meio despretensiosa, Romero aproveitou a sobra de um escanteio, contrariou os planos da arbitragem e abriu o placar aos 32.
Poderia ter sido o segundo, mas foi apenas o primeiro e único gol da partida.
A grande dúvida era se o Corinthians resistiria até o fim com um a menos e com o campo tão pesado.
O ataque contra defesa seguiu em vigor no segundo tempo. Machucado, Cássio deu lugar a Carlos Miguel aos 25.
Aos 35, o Grêmio perdeu Bruno Alves expulso. O juizão ainda tentou apelar para 11 minutos de acréscimo, mas não evitou a vitória corinthiana.
A quatro rodadas do fim do Campeonato Brasileiro, o Corinthians abre sete pontos de vantagem sobre o primeiro time na zona de rebaixamento e começa a respirar. Finalmente.
| Artilheiro do jogo: Romero |
| Contra o Grêmio |
| O Corinthians em 2023 |
| Na Arena do Grêmio |
| Sob o comando de Mano Menezes |
| Na história do Campeonato Brasileiro |
| O Corinthians na história |
Vitória na raça e contra a roubalheira. O Romero está longe de ser um jogador técnico. Mas é raçudo, assim como o Yuri também é. A diferença entre os dois é que o Romero, que não é centroavante, tem uma característica típica dos bons centroavantes e que falta ao Yuri. Romero tem o senso da oportunidade. Sabe aproveitar (nem sempre, é claro…) quando aparece uma chance de estufar as redes.