2 x 2
Corinthians e Flamengo protagonizaram um jogo eletrizante na tarde deste domingo no Maracanã e terminaram em um raro empate no confronto entre os dois clubes. Timão e Fla não empatavam havia dez jogos. Os últimos empates haviam ocorrido em 2010 e 2011, ambos em jogos com mando do clube carioca. Mas o empate teve um personagem infame: o trio de arbitragem.
Para quem esperava um passeio flamenguista e tomava cachaça na veia para atenuar os efeitos, como era o meu caso particular, as boas atuações de Guilherme e Rodriguinho voltaram a dar um pouco de esperança aos sofridos corações corinthianos. A apitagem, por sua vez, voltou a fazer sua parte, surrupiando mais dois pontos do Corinthians.
Guilherme, em chute de fora da área, abriu o placar logo aos 6 minutos. Pouco depois, em mais um lance de triplo impedimento que só a suspeita de armação explica, o Flamengo empatou com Guerrero. No fim da primeira etapa, porém, Romero tocou para trás, Guilherme fez o corta-luz e Rodriguinho recolocou o Corinthians em vantagem. Guerrero empataria novamente aos 15 do segundo tempo e o jogo seguiria aberto até o fim.
Diante da dificuldade flamenguista, a apitagem, que já havia validado um gol irregular, aproveitou o pacote para dar cartão amarelo para o goleiro Válter e expulsar o meia-atacante Guilherme, mas nem assim o rubro-negro carioca conseguiu seu terceiro gol.
Insisto na tecla: apesar do injustificável desmanche, apesar do futebol inconsistente apresentado desde o sequestro de Tite pela selecinha, o Corinthians estaria brigando por mais um título se não tivesse sido tão prejudicado pela arbitragem quanto este ano.
Guilherme, Rodriguinho e Válter têm jogado um bolão, apesar dos maus resultados do time no ano. Mas nenhum argumento é suficiente para me explicar por que Marlone e Lucca estão no banco de reservas. Entendo que o sistema defensivo não dispõe de material humano confiável para a grandeza do trabalho, mas dá para jogar com Marlone, Rodriguinho, Guilherme e Lucca no ataque numa boa. Seja como for, a prerrogativa é de Oswaldo de Oliveira e quero crer que, mais cedo ou mais tarde, ele enxergará algo nesse sentido.
Artilheiros do jogo: Guilherme e Rodriguinho.
Na história do Campeonato Brasileiro
Sob o comando de Oswaldo de Oliveira
O Timão em 106 anos de história
Verdade seja dita: o Oswaldo mexeu com o time. Os jogadores entraram em campo motivados e com bastante aplicação tática. Finalmente é possível enxergar os onze em campo, cada um sabendo das suas funções na partida. Quanto ao trio da arbitragem, o que esperar de um time que tem um presidente bundão?