No domingo escaparam à minha atenção os abusos da Polícia Militar do Rio de Janeiro contra a torcida do Corinthians no Maracanã. Fiquei sabendo do ocorrido apenas pela manhã, ao ligar o celular e acompanhar as mensagens de companheiros do Coletivo Democracia Corinthiana (CDC), alguns dos quais estiveram foram ao Rio para assistir ao empate por 2 x 2 com o Flamengo.
A versão da mídia vai ser a versão da PM do Rio. Não há motivo para esperar outra coisa. Felizmente hoje temos em nossas mãos ferramentas que permitem furar o bloqueio desinformativo da grande mídia e expor a mentalidade fascista das forças policiais.
Ao ver uma imagem do Esporte Interativo mostrando os torcedores sem camisa na arquibancada sendo passados em revista pela PM, as primeiras percepções que me ocorreram foram lembranças de cenas de rebeliões debeladas no Carandiru ou de campos de concentração.
Há muito as PMs, que um dia serão apenas uma nota de rodapé nos livros de história para explicar às gerações futuras a que e a quem serviam, tratam como gado os torcedores que pagam caro para frequentar os estádios.
Gostaria de deixar o espaço aberto nos comentários para que torcedores que estiveram no Maracanã na noite de 23 de outubro de 2016 registrem suas visões sobre o que viveram e presenciaram. Quem preferir mandar por e-mail, favor escrever para retrospectocorinthiano@gmail.com.
Li o relato de um torcedor que esteve lá. Segundo esse relato, a torcida do Corinthians queria estender uma bandeira e os flamenguistas tentaram invadir o espaço reservado à Fiel. A confusão foi armada e a PM só desceu o sarrafo nos corinthianos. No fim do jogo, a PM carioca tava puta da vida porque alguns dos seus integrantes levaram uma surra de um grupo de corinthianos. E tiraram proveito da situação pra se vingar da galera que tava na arquibancada.