2 x 2
O Corinthians ficou no empate por 2 x 2 com a Portuguesa na noite deste sábado no Pacaembu.
Ramón Díaz escalou um time totalmente reserva para enfrentar a Lusa, mandante no duelo de hoje.
Ao término de um primeiro tempo de muita posse de bola e pouca inspiração do lado corinthiano, a Portuguesa foi para o intervalo em vantagem.
No segundo tempo, Talles Magno passou para Matheus Bidu empatar aos sete minutos.
Aos 19, depois de sofrer pênalti, Talles converteu a cobrança e virou o placar para o Timão em seu primeiro jogo no Pacaembu em mais de cinco anos.
Quando o Corinthians parecia pressionar pelo terceiro gol, uma falha coletiva na marcação de um contra-ataque permitiu o empate da Portuguesa aos 28.
Na sequência, Pedro Raul desperdiçou pelo menos duas oportunidades claras de marcar o terceiro gol corinthiano.
Apesar do resultado, o Timão segue firme na busca pela primeira colocação geral da primeira fase do Campeonato Paulista.
Em tempo, o jogo de número 1.700 do Corinthians no Pacaembu marcou também o 400º empate alvinegro no estádio.
As atenções mosqueteiras voltam-se agora para a estreia na Libertadores, motivo pelo qual Ramón mandou a campo um time reserva hoje.
| Artilheiros do jogo: Matheus Bidu e Talles Magno |
| Contra a Portuguesa |
| O Corinthians em 2025 |
| No Pacaembu |
| O Corinthians sob o comando de Ramón Díaz |
| Na história do Campeonato Paulista |
| O Corinthians na história |
Estive presente ontem ao retorno do Corinthians ao Pacaembu depois de mais de cinco anos longe do estádio.
O Pacaembu é o estádio onde, de longe, o Corinthians mais vezes entrou em campo em sua história.
Falar de sua importância para a Fiel é chover no molhado.
Já o que a sociedade paulistana permitiu que se fizesse com um patrimônio histórico dessa grandeza é só mais uma demonstração da força da grana que ergue e destrói coisas belas.
O Pacaembu privatizado não está igual ao que era antes. Nem melhor. Está pior.
A reforma não terminou? Não reabra.
Comecemos pelo fato de os degraus das arquibancadas continuarem irregulares, mais do que o aceitável, especialmente para uma obra nova, à espera de acidentes futuros.
O placar foi improvisado em um lugar péssimo. Sugestão (que será ignorada): emule-se o antigo placar eletrônico no alto do portão de entrada.
Hoje também há menos banheiros disponíveis, em locais diferentes dos de antes e de acesso dificultado.
Por fim, a velocidade e a qualidade do socorro a quem passa mal no estádio dependem do ponto onde o torcedor em apuros estiver.
Uma torcedora da Portuguesa passou mal e não foi levada à enfermaria porque não era possível chegar ao local sem atravessar o campo e a torcida do Corinthians (começa que isso nem deveria ser um problema; nunca vi socorrista ser atacado no estádio).
Já um torcedor do Corinthians passou mal e, também longe da enfermaria, os socorristas relutaram em levá-lo para o outro lado do estádio (principalmente por causa do risco de queda por causa dos degraus irregulares).
O gramado sintético é só a cereja artificial do bolo seco, sem cobertura e sem recheio do Pacaembu privatizado.
Pra variar, o Timão tomando gol com falhas no sistema defensivo. Meno male que conseguiu o empate com o time reserva. A privatização do Pacaembu é mais um sintoma triste de uma sociedade que só dá valor ao dinheiro sem ter consciência de que esse dinheiro só cai nos bolsos de poucos privilegiados. O analfabetismo político da sociedade é um combustível da máquina de exploração do povo por uma minoria endinheirada.