Depois de um inesperado hiato no ano passado, mais uma vez o Corinthians faz aniversário no topo, líder em inconteste do Campeonato Brasileiro ao completar 107 anos desde sua fundação.
Este aniversário ocorre em um momento delicado, no qual os ocupantes dos cargos de decisão do futebol brasileiro agem implacavelmente pela elitização das arquibancadas, alguns iludidos com a balela de que um maior poder aquisitivo dos torcedores pacificaria os estádios, outros porque simplesmente não suportam o cheiro do povo.
E até uma criança sabe que eles estão errados. Este ano, depois de alguns anos morando fora de São Paulo, pela primeira vez levei minha filha para ver o Corinthians no estádio. Lamento não ter sido no Pacaembu a primeira aparição dela diante do Timão e da Fiel, mas isso não vem ao caso agora.
Os ingressos foram cortesia de um grande amigo, o Marião, e assistimos ao empate por 1 x 1 entre Corinthians e Flamengo no setor Oeste, perto do corner. Para quem só vê pela televisão, à esquerda da tela.
E Laura precisou apenas da própria percepção para entender a fúria que se instala ao ver o time ser roubado na cara dura, a incontrolável alegria de ver o Corinthians marcar um gol, a frustração de levar o empate, a esperança na vitória até o minuto final e as tantas outras emoções que orbitam o universo do futebol.
Entre os comentários dela durante e depois do jogo, duas constatações me chamaram a atenção:
– Como pode alguém gostar mais de ver o jogo pela TV? No estádio é muito mais legal.
– Pai, da próxima vez podemos ver o jogo da Norte? Ali fica o coração do Corinthians.
Sem mais.
Feliz aniversário, Timão do Povo!
A Laura sabe das coisas. Parabéns ao Corinthians e aos corinthianos!