0 x 1
Todos os meios – lícitos e ilícitos, morais e imorais – foram utilizados na noite da quarta-feira, 13 de junho, para impedir uma vitória do Corinthians sobre o Santos na Várzea Belmiro. Mas nem a truculência do badalado time santista, nem a arbitragem tendenciosamente caseira de Marcelo de Lima Henrique, nem o “misterioso” apagar das luzes do estádio, que levou o jogo até os primeiros minutos do dia 14, foram suficientes para impedir o triunfo mosqueteiro no campinho de várzea mais conhecido do mundo.
A primeira partida da semifinal da Libertadores entre Corinthians e Santos opôs, sem medo de categorizações, um time solidário e humilde a um adversário badalado, incensado, vencedor por antecipação. Ganhou o primeiro.
O nome do jogo, de longe, foi Emerson Sheik. Foi dele o gol – um golaço – da vitória, marcado aos 27 minutos do primeiro tempo. Foi nele uma falta na linha da área ignorada pela arbitragem no último minuto da etapa inicial. Foi nele o pênalti sofrido e ignorado por Marcelo de Lima Henrique no início do segundo tempo. Foi ele que pagou o pato pela violência iniciada pelo time do Santos quando a vaca começou a ir para o brejo.
Já perto dos 30 do segundo tempo, um ou dois minutos depois de Neymar ter cometido falta desleal e violenta em Leandro Castán sem ser expulso, o árbitro carioca deu cartão vermelho para Sheik por uma dividida com Neymar Caicailopsita.
Os critérios da arbitragem foram claros desde o início. O Santos pôde, desde o primeiro minuto, tentar intimidar com chegadas bruscas. O Corinthians tinha que fingir que estava jogando vôlei, pois futebol não é esporte de contato, para poder jogar sem que o juiz assinalasse falta em qualquer esbarrãozinho num jogador do time da casa, que apitava junto.
Casa! Que casa? – O jogo foi na Várzea Belmiro, mas o Corinthians ditou o ritmo desde o início até a expulsão de Sheik, a 15 minutos do fim do jogo. Logo em seguida, Alex puxou um contra-ataque. Poderia ser a jogada fatal. Mas quando ele tentou passar para Paulinho na entrada da área, os refletores do campinho apagaram-se como que por mágica e Juan interceptou a bola antes de Lima Henrique parar a partida por falta de condições.
Curiosamente, todos os prédios ao redor da Vila Belmiro tinham luz. Só o campinho de várzea estava “sem energia”. Qual desculpinha mequetrefe a diretoria varzeana do Santos vai dar para o ocorrido? Esqueceram de quitar a conta de luz pra pagar o salário do Neymar? Foi um “ato isolado” de um funcionário cagão que será sumariamente entregue aos corvos? Ou vão acusar o Odir Cunha? Qual desculpinha ridícula os puxa-sacos do Santos nas redações das rádios e televisões anticorinthianas vão comprar?
Passado o episódio varzeano, quando os refletores puderam ser reacesos, o jogo foi retomado já perto da meia-noite. Com um a mais em campo e todo mundo mais frio, o Santos conseguiu enfim colocar alguma pressão, mas sem resultado. O Corinthians manteve-se solidário, venceu por 1 x 0, impôs ao Santos sua primeira derrota no campinho de várzea em 2012. Agora leva para o Pacaembu, na próxima semana, a vantagem do empate por qualquer placar para chegar à final da Libertadores. Não pode vacilar.
Que a decisão venha na bola. É só isso que desejo.
| Artilheiro do jogo: Emerson Sheik |
| Contra o Santos |
| O Corinthians em 2012 |
| Na história da Libertadores |
| Na Vila Belmiro |
| Sob o comando de Tite |
| O Corinthians na história |