O Corinthians foi à Venezuela e arrancou a fórceps um empate por 1 x 1 no último minuto de jogo com o Deportivo Táchira em sua estreia na Copa Libertadores da América de 2012.
O Timão começou melhor, encurralando o adversário, mas a uruca anticorintiana se fez presente bem na metade do primeiro tempo, quando o Táchira abriu o placar com um gol acidental, uma bola espanada por Chicão que bateu na barriga do atacante adversário, encobriu Júlio César e caiu dentro do gol. Não existe outra palavra para isso a não ser uruca. Haja energia negativa anticorinthiana pra fazer acontecer uma excrescência desse porte.
O fato é que ninguém merece tomar um gol cagado assim. Não há outra palavra. E o Corinthians de repente se viu caído num torpor caribenho causado por alguma aguardente local. Tentava e a bola batia na trave, chutava e o goleiro defendia. E logo no minuto seguinte ao gol o Táchira já fazia cera e jogava como o time pequeno que é, quase pedindo pra partida acabar ali. Cada reposição de bola levava uma eternidade e o cronometro corria.
O jogo volta do intervalo e nada de o Corinthians sair da letargia. Era como se a bola se recusasse a entrar na onda dos jogadores. Sai jogador, entra jogador e nada parece mudar.
Lá ia o Timão para a terceira partida sem balançar redes na Libertadores quando um zagueiro fez uma falta boba em Fábio Santos aos 47 e meio do segundo tempo. Alex foi para a bola e levantou na marca do pênalti. Ralf, o gigante, cresceu na frente da defesa e cabeceou no canto do goleiro, sem chance de defesa, sem chance para mais nada, colocando no lugar as coisas que estavam erradas, impedindo que o antijogo derrotasse quem buscou jogo e dando um bicão convincente na macumba anticorinthiana.
Não deu no talento, foi na raça.
Podia ter sido melhor? Claro que sim. Perguntem isso para o Santos e para o Vasco.
| Artilheiro do jogo: Ralf |
| O Corinthians em 2012 |
| Contra o Deportivo Táchira |
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